Nesta aula iniciamos com as apresentações das visitas realizadas nas escolas regulares e nas Escolas Especiais APAE.
Este trabalho foi desenvolvido em duplas e foram as seguintes:
GISLAINE e KARINE - Elas observaram duas escolas de Ensino Regular e, sendo que uma escola é inclusiva e a outra tem uma criança especial em sala de aula, mas a criança fica sob a responsabilidade da estagiária. Ela não acompanha as atividades em grupo. A outra escola trabalha bem a questão da inclusão, tentando ao máximo fazer com que ela aconteça. Uma professora relatou que a inclusão é importante porque todos estão aprendendo, tanto os alunos com necessidade especiais, quanto os demais.
Observando o trabalho na APAE, elas relatam que na escola especial o atendimento é igual para todos, sem distinção e discriminação entre os alunos, professores, funcionários;
LUANA E SIRLEI: Realizaram uma entrevista com uma professora na APAE e esta falou sobre a importância da Inclusão acontecer realmente na prática e não somente no papel, ou na questão arquitetônica.
A escola de Ensino Regular a qual visitaram trabalha muito bem a questão da inclusão, pois, é uma escola polo no atendimento para Surdos Cegos. Esses alunos tem aula normalmente na Ensino Regular, nas séries finais do Ensino Fundamental os alunos surdos já possuem um intérprete na sala de aula. Também participam do SAEDE no horário oposto de aula, para aprender a Libras e O braille.
MICHELE E JULIA: A escola de Ensino Regular atende bem, os alunos deficientes e realmente a inclusão acontece. Na APAE também sentiram que neste espaço todos se respeitam, pois, cada um tem a sua deficiência, e não acontece questões de discriminação entre alunos, professores, funcionários.
Eu Giane e a Mariane: Realizamos nossa visita em quatro escolas de Ensino Regular observando os alunos com as deficiências: SURDO, DEFICIENTE AUDITIVO, BAIXA VISÃO, SÍNDROME DE DOWN E DEFICIÊNCIA MENTAL, DEFICIENTE FÍSICO:
OBSERVAÇÕES E ENTREVISTAS
Para fundamentar na prática o que estamos estudando na disciplina de educação especial, fomos a campo observar como é o atendimento de inclusão no ensino regular e ao mesmo tempo fazermos uma comparação como é o atendimento nas escolas especiais.
Dessa forma, nosso trabalho se deu em três escolas do ensino regular e uma escola de educação especial:
Observamos e conversamos com as professoras e até com as assistentes técnico pedagógicas das escolas que nos deram maior atenção. As deficiências que encontramos nestas escolas, e que vamos abordar neste trabalho foram: deficiência física; deficiente auditivo e hiperativo, síndrome de down e deficiência visual.
De forma geral, o que percebemos em todas as escolas é que se tem trabalhado muito com a inclusão, e o que é mais importante os professores buscam se aperfeiçoar e aprendem junto com seus alunos.
- Uma das escola atende alunos com deficiência física (cadeirantes), surdos e mudos.
O espaço físico da escola conta com salas de aula adequadas, com rampas e acessos para os deficientes, barras de apoios nos banheiros, etc.
A relação professor aluno é muito boa, o professor tenta ao máximo contribuir para que o aluno tenha o maior desempenho no seu aprendizado, que ele se sinta realmente incluído dentro da sala de aula.
Os alunos se tratam com amizade e com respeito, e ajudam os alunos com deficiência quando necessário, dessa forma não havendo discriminação de nenhuma parte.
A mediação pedagógica é o que mais nos chamou a atenção, pela forma de como é realizado o atendimento com os alunos, pois, eles tentam instigar o que o aluno sabe e desse modo introduzindo novos aprendizados, desafios, convecções. É respeitado as limitações dos alunos, mas tentando trabalhar de forma que esse conhecimento possa ser cada vez mais ampliado.
As atividades são as mesmas que a turma realiza, mas são reduzidas e algumas vezes adaptadas para que o aluno possa desenvolvê-la e realmente entendê-la para que haja sentido e significado na atividade proposta.
Aos alunos com deficiência visual e auditiva, os professores utilizam a língua de sinais, e o alfabeto em Braille. “Encontrando algumas dificuldades com a alfabetização da língua de sinais, pois, os alunos quando vêm para a escola eles já tem construído sua própria língua de sinais, que na verdade é o meio que eles encontram para se comunicar com os seus familiares”.
As turmas dispõem de segundo professor e que estão especificamente voltando para atendê-los.
No que se refere à inclusão escolar o professor acredita que inclusão é possibilitar a todos os seres humanos estar na escola e sair com o conhecimento, assim, como os demais alunos. Formando-se um cidadão participante e atuante na sociedade.
O trabalho pedagógico é possível, porém envolve mais comprometimento do profissional em atender muitas vezes o aluno deficiente e a turma. Porque, muitas vezes as turmas são grandes em torno de 25 alunos e mais alunos com deficiência, e às vezes não se tendo o segundo professor.
- A segunda escola visitada tem como objetivo principal proporcionar uma educação libertadora, crítica, reflexiva e dinâmica que possibilite ao educando ser agente e sujeito de sua própria história, capaz de colaborar com a construção de um mundo mais justo e solidário.
Esta escola atende dois alunos portadores de necessidades especiais, sendo uma aluna com síndrome de down e uma cadeirante.
O espaço físico da escola não se encontra devidamente adaptado aos alunos cadeirantes. “Acredito que se deve ao fato da aluna não locomover-se sozinha. Como são os colegas que a conduzem, ou outros profissionais da escola, os obstáculos do caminho não atrapalham tanto. Não tem rampa nas portas das salas das salas, mas ninguém reclama”.
Tanto os professores quanto os colegas mantém um convívio harmônico, não se fazendo diferença no trato com um ou outro aluno.
A mediação pedagógica é fundamental para garantir sucesso no processo de ensino aprendizagem. É o principal papel do papel do professor. Esta questão é bastante discutida em conselho de classe e reunião pedagógica.
A metodologia deve ser diversificada, no sentido de facilitar a compreensão por parte dos alunos (de todos) e manter a motivação dos mesmos pelas atividades e conteúdos propostos. Os professores trabalham de forma igual para todos, as mesmas atividades propostas para os alunos com necessidades especiais, são as propostas para o grande grupo, porém, algumas vezes claro adaptadas, até porque se não for assim não é inclusão.
Nessa perspectiva trabalhar inclusão na escola é fundamental e não apenas com o objetivo de atender os alunos com deficiência, mas para atender a todos. Existem muitas formas de exclusão, não só para os alunos com deficiência, mas para os alunos num todo, com termos do tipo: gordinho, baixinho...
Sobre a temática de inclusão a escola num todo, se encontra totalmente a favor. Porém, “sentimos muita insegurança no que se refere ao atendimento dos alunos com deficiência mental, auditiva e visual. Penso que falta preparação para os profissionais da educação. A falta de estrutura física também é prejudicial, mas penso, que a falta de estrutura humana é pior”.
Ainda também encontramos resistência de alguns profissionais, o que às vezes dificulta o desenvolvimento de um bom trabalho pedagógico. Porém sabemos que é um direito do aluno, garantido por lei e que deve ser cumprido da melhor forma.
Outro fator fundamental é a postura do professor no dia-a-dia em sala de aula, nas atitudes tomadas, nas falas, pois, tudo é observado e assimilado pelos alunos.
- A terceira escola visitada atende alunos com deficiência auditiva, hiperativos, síndrome de down, e um aluno com baixa visão. A estrutura física da escola não está totalmente preparada para o atendimento aos alunos com deficiência física e cadeirantes, não possuindo rampas na parte interna da escola apenas na parte externa.
Nesta escola as turmas em que atendem esses alunos, contam com o um estagiário, para cada aluno deficiente, que estão cursando a graduação. Também dispõe de um professor de Atendimento Educacional Especializado (AEE). No caso dos atendimentos realizados por este professor, são atendimentos individualizados no período oposto a aula do aluno, porém só atua 10 horas, ou seja, duas manhãs e somente no período matutino.
Para o Atendimento Educacional Especializado (AEE) a escola possui uma sala com diversos materiais e dois computadores adaptados com as funções necessárias para trabalhar com os alunos com deficiência auditiva e visual. Uma observação a ser feita é que esta sala poderia ser mais utilizada pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE), porém, torna-se um pouco limitado, neste espaço também funciona o apoio pedagógico duas vezes por semana.
Aluno com Deficiência Auditiva: A relação professor aluno é muito boa, a professora tenta ao máximo se aproximar da aluna com a linguagem de sinais, libras, porém é um processo muito inicial. Ela precisa aprender todos os sinais, pois, ela para se comunicar balbucia e utiliza a linguagem de sinais que aprendeu em casa. Ela tem uma estagiária que a acompanha em todas as suas atividades, mostrando e se comunicando com a linguagem de sinais. Já fizemos uma experiência de deixá-la sem o auxílio da estagiária para desenvolver as atividades, ela fez as suas atividades, porém, copiando dos colegas.
A professora da classe participa de um curso de libras na UNESC quinzenalmente, porém a estagiária que a atende, não pode fazê-lo.
As crianças também se aproximam da menina para ajudá-la, mostrando os números, pois acima tem o alfabeto digital. Nas brincadeiras não é diferente, as meninas e as demais crianças relacionam-se normalmente com ela.
A mediação pedagógica é introduzir a libras, e é mais difícil a comunicação pelo fato da menina estar no processo inicial da linguagem de sinais. Está sendo um processo inicial com a libras e a alfabetização. É mais difícil observar se está acontecendo à aprendizagem. Também é mostrado bastante imagens figuras objetos para facilitar a comunicação com ela.
“O concreto é mais fácil, os sentimentos é mais difícil, foi passado um vídeo e foi ótimo. Os sentimentos são mais difíceis de entender e expressar é preciso muito utilizar o visual. Através de jogos, recortes, sempre com a libras e trabalhando muito a imagem”.
As atividades realizadas são sempre as mesmas que as demais crianças, só que usando libras e com o acompanhamento da estagiária.
Sempre que oferecidos os cursos de capacitação estamos sempre participando. Atualmente apenas uma professora (que tem em sua turma a menina deficiente auditiva) está freqüentando um curso de libras quinzenalmente oferecido pela Secretaria Municipal de Educação de Criciúma, pela Beta e Silvia. Além, disso também faço diversos cursos pela internet, sempre buscando me aperfeiçoar.
Questões de discriminação e preconceito com a aluna nunca foram visto. Mas já aconteceu com um outro aluno. Então, a professora trabalhou bastante com histórias, contos, trazendo sempre para a realidade deles. Procuramos sempre buscar algo no lúdico, também um pouco a questão da religiosidade, mas, em todos os momentos respeitando a vida religiosa de cada um. Por meio disso é trabalhado a discriminação.
Questões de discriminação e preconceito com a aluna nunca foram visto. Mas já aconteceu com um outro aluno. Então, a professora trabalhou bastante com histórias, contos, trazendo sempre para a realidade deles. Procuramos sempre buscar algo no lúdico, também um pouco a questão da religiosidade, mas, em todos os momentos respeitando a vida religiosa de cada um. Por meio disso é trabalhado a discriminação.
Aluna com Síndrome de Down: A aluna tem uma estagiária que a acompanha em todas as atividades. É necessário ter bastante diálogo. É acompanhada no banheiro, há bastante afeto no tratamento com ela. Ela recebe todas as atividades como os outros alunos, mesmo que não consiga desenvolver e ainda participa bastante das aulas de educação física.
Ela também no início não realizava as atividades, amassava. Nas atividades é utilizado bastante diálogo, no ritmo dela e no jeito dela.
As atividades são mais com recorte, colorir, pontilhado, massinha de modelar. As atividades da turma ela recebe, mas desenvolve do seu jeito, colorindo. Muitas atividades que ela desenvolve são elaboradas pela estagiária.
Aluno com Baixa Visão e com dificuldade de aprendizagem. Ele tem uma estagiária que o acompanha em todas as suas atividades. Com ele procura-se desenvolver atividades de acordo com a turma, mas em menos quantidade e às vezes adaptadas. Ele não utiliza o caderno com margens maiores, mas na maioria das vezes as atividades e textos são ampliados. O mesmo não participa do Atendimento Educacional Especializado (AEE), por esse atendimento acontecer no mesmo período que ele estuda.
A relação entre professor e aluno é muito boa e de muita compreensão. Ele é um aluno muito esforçado e possui uma oralidade muito boa, neste sentido a professora busca sempre ouvi-lo, questioná-lo para que participe intensamente da aula.
A relação entre ele os colegas é boa, mas ele se sente inferior aos demais alunos, e quer sempre realizar todas as atividades que seus colegas realizam. Neste sentido, á realizado muita conversa com ele, sendo realizado as mesmas atividades que a turma, porém, reduzindo um pouco a quantidade, e desta forma o trabalho está acontecendo de maneira significativa.
A medição pedagógica é realizada sempre com muito diálogo, deixando em todos os momentos espaços abertos para ele expressar suas ideias, vivências, esclarecer dúvidas, e igualmente os demais alunos é convidado para realizar correções de atividades no quadro bem como leituras, participação em dramatizações. Tem boa participação nas aulas de Educação Física, Arte, Informática, Proerd.
Por fim, o processo de inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais nas classes regulares é possível quando se acredita no potencial humano, na alegria que a diferença pode significar entre as pessoas, na capacidade que cada um de nós sempre tem de aprender e de ensinar. Os desafios são muitos, mas vários também são os caminhos que podem ser percorridos.
Dessa forma, concluímos o nosso trabalho afirmando que muito se fala em inclusão escolar, mas que ainda existem vários pontos a ser melhorados. Principalmente, a capacitação desses profissionais, pois, às vezes não se faz mais porque desconhecem como se dá este trabalho.
A mesma situação se dá com nós acadêmicas que passamos a ter estes novos olhares a partir do conhecimento que estamos adquirindo nesta disciplina de educação especial, pois, antes desconhecíamos o alfabeto em Braille, a língua de sinais, e até mesmo como que deveríamos trabalhar com estes alunos.
Pensamos que se capacitado estes profissionais, boa parte deste problema já estará resolvido, e dessa forma será desenvolvido um melhor trabalho pedagógico.
Acredito que Juntos chegaremos lá:
Fonte de pesquisa :