sábado, 23 de outubro de 2010

Décima segunda aula de Fundamentos e Metodologia da Educação Especial dia 20/10/10.

Nesta aula iniciamos com as apresentações das visitas realizadas nas escolas regulares e nas Escolas Especiais APAE.

Este trabalho foi desenvolvido em duplas e foram as seguintes:

GISLAINE e KARINE - Elas observaram duas escolas de Ensino Regular e, sendo que uma escola é inclusiva e a outra tem uma criança especial em sala de aula, mas a criança fica sob a responsabilidade da estagiária. Ela não acompanha as atividades em grupo. A outra escola trabalha bem a questão da inclusão, tentando ao máximo fazer com que ela aconteça. Uma professora relatou que a inclusão é importante porque todos estão aprendendo, tanto os alunos com necessidade especiais, quanto os demais.
Observando o trabalho na APAE, elas relatam que na escola especial o atendimento é igual para todos, sem distinção e discriminação entre os alunos, professores, funcionários;

LUANA E SIRLEI: Realizaram uma entrevista com uma professora na APAE e esta falou sobre a importância da Inclusão acontecer realmente na prática e não somente no papel, ou na questão arquitetônica.
A escola de Ensino Regular a qual visitaram trabalha muito bem a questão da inclusão, pois, é uma escola polo no atendimento para Surdos Cegos. Esses alunos tem aula normalmente na Ensino Regular, nas séries finais do Ensino Fundamental os alunos surdos já possuem um intérprete na sala de aula. Também participam do SAEDE no horário oposto de aula, para aprender a Libras e O braille.

MICHELE E JULIA: A escola de Ensino Regular atende bem, os alunos deficientes e realmente a inclusão acontece. Na APAE também sentiram que neste espaço todos se respeitam, pois, cada um tem a sua deficiência, e não acontece questões de discriminação entre alunos, professores, funcionários.


Eu Giane e a Mariane: Realizamos nossa visita em quatro escolas de Ensino Regular observando os alunos com as deficiências: SURDO, DEFICIENTE AUDITIVO, BAIXA VISÃO, SÍNDROME DE DOWN E DEFICIÊNCIA MENTAL, DEFICIENTE FÍSICO:

OBSERVAÇÕES E ENTREVISTAS

Para fundamentar na prática o que estamos estudando na disciplina de educação especial, fomos a campo observar como é o atendimento de inclusão no ensino regular e ao mesmo tempo fazermos uma comparação como é o atendimento nas escolas especiais.
Dessa forma, nosso trabalho se deu em três escolas do ensino regular e uma escola de educação especial:
Observamos e conversamos com as professoras e até com as assistentes técnico pedagógicas das escolas que nos deram maior atenção. As deficiências que encontramos nestas escolas, e que vamos abordar neste trabalho foram: deficiência física; deficiente auditivo e hiperativo, síndrome de down e deficiência visual.
De forma geral, o que percebemos em todas as escolas é que se tem trabalhado muito com a inclusão, e o que é mais importante os professores buscam se aperfeiçoar e aprendem junto com seus alunos.
  • Uma das escola atende alunos com deficiência física (cadeirantes), surdos e mudos.
O espaço físico da escola conta com salas de aula adequadas, com rampas e acessos para os deficientes, barras de apoios nos banheiros, etc.
A relação professor aluno é muito boa, o professor tenta ao máximo contribuir para que o aluno tenha o maior desempenho no seu aprendizado, que ele se sinta realmente incluído dentro da sala de aula.
Os alunos se tratam com amizade e com respeito, e ajudam os alunos com deficiência quando necessário, dessa forma não havendo discriminação de nenhuma parte.
A mediação pedagógica é o que mais nos chamou a atenção, pela forma de como é realizado o atendimento com os alunos, pois, eles tentam instigar o que o aluno sabe e desse modo introduzindo novos aprendizados, desafios, convecções. É respeitado as limitações dos alunos, mas tentando trabalhar de forma que esse conhecimento possa ser cada vez mais ampliado.
As atividades são as mesmas que a turma realiza, mas são reduzidas e algumas vezes adaptadas para que o aluno possa desenvolvê-la e realmente entendê-la para que haja sentido e significado na atividade proposta.
Aos alunos com deficiência visual e auditiva, os professores utilizam a língua de sinais, e o alfabeto em Braille. “Encontrando algumas dificuldades com a alfabetização da língua de sinais, pois, os alunos quando vêm para a escola eles já tem construído sua própria língua de sinais, que na verdade é o meio que eles encontram para se comunicar com os seus familiares”.
As turmas dispõem de segundo professor e que estão especificamente voltando para atendê-los.
No que se refere à inclusão escolar o professor acredita que inclusão é possibilitar a todos os seres humanos estar na escola e sair com o conhecimento, assim, como os demais alunos. Formando-se um cidadão participante e atuante na sociedade.
O trabalho pedagógico é possível, porém envolve mais comprometimento do profissional em atender muitas vezes o aluno deficiente e a turma. Porque, muitas vezes as turmas são grandes em torno de 25 alunos e mais alunos com deficiência, e às vezes não se tendo o segundo professor.
  • A segunda escola visitada tem como objetivo principal proporcionar uma educação libertadora, crítica, reflexiva e dinâmica que possibilite ao educando ser agente e sujeito de sua própria história, capaz de colaborar com a construção de um mundo mais justo e solidário.
Esta escola atende dois alunos portadores de necessidades especiais, sendo uma aluna com síndrome de down e uma cadeirante.
O espaço físico da escola não se encontra devidamente adaptado aos alunos cadeirantes. “Acredito que se deve ao fato da aluna não locomover-se sozinha. Como são os colegas que a conduzem, ou outros profissionais da escola, os obstáculos do caminho não atrapalham tanto. Não tem rampa nas portas das salas das salas, mas ninguém reclama”.
Tanto os professores quanto os colegas mantém um convívio harmônico, não se fazendo diferença no trato com um ou outro aluno.
A mediação pedagógica é fundamental para garantir sucesso no processo de ensino aprendizagem. É o principal papel do papel do professor. Esta questão é bastante discutida em conselho de classe e reunião pedagógica.
A metodologia deve ser diversificada, no sentido de facilitar a compreensão por parte dos alunos (de todos) e manter a motivação dos mesmos pelas atividades e conteúdos propostos. Os professores trabalham de forma igual para todos, as mesmas atividades propostas para os alunos com necessidades especiais, são as propostas para o grande grupo, porém, algumas vezes claro adaptadas, até porque se não for assim não é inclusão.
Nessa perspectiva trabalhar inclusão na escola é fundamental e não apenas com o objetivo de atender os alunos com deficiência, mas para atender a todos. Existem muitas formas de exclusão, não só para os alunos com deficiência, mas para os alunos num todo, com termos do tipo: gordinho, baixinho...
Sobre a temática de inclusão a escola num todo, se encontra totalmente a favor. Porém, “sentimos muita insegurança no que se refere ao atendimento dos alunos com deficiência mental, auditiva e visual. Penso que falta preparação para os profissionais da educação. A falta de estrutura física também é prejudicial, mas penso, que a falta de estrutura humana é pior”.
Ainda também encontramos resistência de alguns profissionais, o que às vezes dificulta o desenvolvimento de um bom trabalho pedagógico. Porém sabemos que é um direito do aluno, garantido por lei e que deve ser cumprido da melhor forma.
Outro fator fundamental é a postura do professor no dia-a-dia em sala de aula, nas atitudes tomadas, nas falas, pois, tudo é observado e assimilado pelos alunos.
  • A terceira escola visitada atende alunos com deficiência auditiva, hiperativos, síndrome de down, e um aluno com baixa visão. A estrutura física da escola não está totalmente preparada para o atendimento aos alunos com deficiência física e cadeirantes, não possuindo rampas na parte interna da escola apenas na parte externa.
Nesta escola as turmas em que atendem esses alunos, contam com o um estagiário, para cada aluno deficiente, que estão cursando a graduação. Também dispõe de um professor de Atendimento Educacional Especializado (AEE). No caso dos atendimentos realizados por este professor, são atendimentos individualizados no período oposto a aula do aluno, porém só atua 10 horas, ou seja, duas manhãs e somente no período matutino.
Para o Atendimento Educacional Especializado (AEE) a escola possui uma sala com diversos materiais e dois computadores adaptados com as funções necessárias para trabalhar com os alunos com deficiência auditiva e visual. Uma observação a ser feita é que esta sala poderia ser mais utilizada pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE), porém, torna-se um pouco limitado, neste espaço também funciona o apoio pedagógico duas vezes por semana.
Aluno com Deficiência Auditiva: A relação professor aluno é muito boa, a professora tenta ao máximo se aproximar da aluna com a linguagem de sinais, libras, porém é um processo muito inicial. Ela precisa aprender todos os sinais, pois, ela para se comunicar balbucia e utiliza a linguagem de sinais que aprendeu em casa. Ela tem uma estagiária que a acompanha em todas as suas atividades, mostrando e se comunicando com a linguagem de sinais. Já fizemos uma experiência de deixá-la sem o auxílio da estagiária para desenvolver as atividades, ela fez as suas atividades, porém, copiando dos colegas.
A professora da classe participa de um curso de libras na UNESC quinzenalmente, porém a estagiária que a atende, não pode fazê-lo.
As crianças também se aproximam da menina para ajudá-la, mostrando os números, pois acima tem o alfabeto digital. Nas brincadeiras não é diferente, as meninas e as demais crianças relacionam-se normalmente com ela.
A mediação pedagógica é introduzir a libras, e é mais difícil a comunicação pelo fato da menina estar no processo inicial da linguagem de sinais. Está sendo um processo inicial com a libras e a alfabetização. É mais difícil observar se está acontecendo à aprendizagem. Também é mostrado bastante imagens figuras objetos para facilitar a comunicação com ela.
“O concreto é mais fácil, os sentimentos é mais difícil, foi passado um vídeo e foi ótimo. Os sentimentos são mais difíceis de entender e expressar é preciso muito utilizar o visual. Através de jogos, recortes, sempre com a libras e trabalhando muito a imagem”.
As atividades realizadas são sempre as mesmas que as demais crianças, só que usando libras e com o acompanhamento da estagiária.
Sempre que oferecidos os cursos de capacitação estamos sempre participando. Atualmente apenas uma professora (que tem em sua turma a menina deficiente auditiva) está freqüentando um curso de libras quinzenalmente oferecido pela Secretaria Municipal de Educação de Criciúma, pela Beta e Silvia. Além, disso também faço diversos cursos pela internet, sempre buscando me aperfeiçoar.
Questões de discriminação e preconceito com a aluna nunca foram visto. Mas já aconteceu com um outro aluno. Então, a professora trabalhou bastante com histórias, contos, trazendo sempre para a realidade deles. Procuramos sempre buscar algo no lúdico, também um pouco a questão da religiosidade, mas, em todos os momentos respeitando a vida religiosa de cada um. Por meio disso é trabalhado a discriminação.
Aluna com Síndrome de Down: A aluna tem uma estagiária que a acompanha em todas as atividades. É necessário ter bastante diálogo. É acompanhada no banheiro, há bastante afeto no tratamento com ela. Ela recebe todas as atividades como os outros alunos, mesmo que não consiga desenvolver e ainda participa bastante das aulas de educação física.
Ela também no início não realizava as atividades, amassava. Nas atividades é utilizado bastante diálogo, no ritmo dela e no jeito dela.
As atividades são mais com recorte, colorir, pontilhado, massinha de modelar. As atividades da turma ela recebe, mas desenvolve do seu jeito, colorindo. Muitas atividades que ela desenvolve são elaboradas pela estagiária.
Aluno com Baixa Visão e com dificuldade de aprendizagem. Ele tem uma estagiária que o acompanha em todas as suas atividades. Com ele procura-se desenvolver atividades de acordo com a turma, mas em menos quantidade e às vezes adaptadas. Ele não utiliza o caderno com margens maiores, mas na maioria das vezes as atividades e textos são ampliados. O mesmo não participa do Atendimento Educacional Especializado (AEE), por esse atendimento acontecer no mesmo período que ele estuda.
A relação entre professor e aluno é muito boa e de muita compreensão. Ele é um aluno muito esforçado e possui uma oralidade muito boa, neste sentido a professora busca sempre ouvi-lo, questioná-lo para que participe intensamente da aula.
A relação entre ele os colegas é boa, mas ele se sente inferior aos demais alunos, e quer sempre realizar todas as atividades que seus colegas realizam. Neste sentido, á realizado muita conversa com ele, sendo realizado as mesmas atividades que a turma, porém, reduzindo um pouco a quantidade, e desta forma o trabalho está acontecendo de maneira significativa.
A medição pedagógica é realizada sempre com muito diálogo, deixando em todos os momentos espaços abertos para ele expressar suas ideias, vivências, esclarecer dúvidas, e igualmente os demais alunos é convidado para realizar correções de atividades no quadro bem como leituras, participação em dramatizações. Tem boa participação nas aulas de Educação Física, Arte, Informática, Proerd.
Por fim, o processo de inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais nas classes regulares é possível quando se acredita no potencial humano, na alegria que a diferença pode significar entre as pessoas, na capacidade que cada um de nós sempre tem de aprender e de ensinar. Os desafios são muitos, mas vários também são os caminhos que podem ser percorridos.
Dessa forma, concluímos o nosso trabalho afirmando que muito se fala em inclusão escolar, mas que ainda existem vários pontos a ser melhorados. Principalmente, a capacitação desses profissionais, pois, às vezes não se faz mais porque desconhecem como se dá este trabalho.
 A mesma situação se dá com nós acadêmicas que passamos a ter estes novos olhares a partir do conhecimento que estamos adquirindo nesta disciplina de educação especial, pois, antes desconhecíamos o alfabeto em Braille, a língua de sinais, e até mesmo como que deveríamos trabalhar com estes alunos.
Pensamos que se capacitado estes profissionais, boa parte deste problema já estará resolvido, e dessa forma será desenvolvido um melhor trabalho pedagógico.

Acredito que Juntos chegaremos lá:


Fonte de pesquisa :

Décima primeira aula de Fundamentos e Metodologia da Educação Especial dia 13/10/10.

Neste dia, nossa aula foi realizada de forma diferente. A professora Beta solicitou que em duplas elaborássemos três questões referentes a dúvidas e anseios da Educação Especial Inclusiva.

Após elaborarmos as questões, as mesmas foram entregues a Professora Beta.

Este trabalho foi realizado por mim e a Luana.

Nossas questões foram as seguintes:

  1. Qual o grau de deficiência, já considerando esses alunos na escola regular que necessita de um segundo professor? 
  2. Qual a deficiência é mais difícil de o professor se aperfeiçoar para estar alfabetizando? 
  3. Situação: Uma escola com um deficiente mental que possui uma estagiária ou segundo professor e o professor titular deixa esse aluno sob a responsabilidade da mesma. A professora titular se denunciada pode ter punição? 
E num segundo momento a professora iniciou respondendo todas os questionamentos e dúvidas de cada dupla.

Foi bastante interessante e importante, pois, tínhamos diversas dúvidas referentes a Educação Especial Inclusiva e neste momento, muitas questões ficaram claras.

Mas, sabemos que já existe toda uma legislação de direitos para os deficientes frequentarem seu espaço no Ensino Regular, mas sabemos também que esta legislação muitas vezes não é cumprida devidamente, excluindo este cidadão de direitos de um espaço que legalmente também é seu.






Vamos refletir sobre essa questão de extrema importância com as palavras do Professor Raul Enrique Cuore Cuore:




COMO PROMOVER A INCLUSÃO ESCOLAR, ENFRENTANDO AS MUDANÇAS PROPOSTAS PELO PARADIGMA DA INCLUSÃO
Profº Raul Enrique Cuore Cuore
Antes de nada devemos entender que inclusão é a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção. É para o estudante com deficiência física ou mental, para os superdotados, todas as minorias e para a criança que é discriminada por qualquer outro motivo.
Declaração de Salamanca, na Espanha, reafirmou o direito de todas as pessoas à educação, conforme a Declaração Universal de Direitos Humanos, de 1948 nas Nações Unidas. A discussão na Espanha culminou com a assinatura do documento “Normas Uniformes sobre a Igualdade de Oportunidades para as Pessoas com Deficiência”. De acordo com essas normas, os estados são obrigados a garantir que a educação de pessoas com deficiência seja parte integrante do sistema educativo.
As Atitudes até então tomadas pela Escola para integrar todos os alunos indistintamente, tem sido excludentes, segregativas e conservadoras em todos os seus níveis: básico, médio e superior. O desafio de incluir todos os alunos no ensino regular tem encontrado diversas barreiras.
Embora haja problemas com a igualdade e diferença no sentido de se perceber de que lado nós estamos, quando defendemos uma ou outra ficamos com a firme convicção de privilegiar a diferença concordando com Santos (1999): “temos o direito à igualdade, quando a diferença nos inferioriza e direito à diferença, quando a igualdade nos descaracteriza!”.
O que faz uma Escola ser inclusiva é um bom projeto pedagógico. Ao contrário do que muitos pensam, inclusão é mais do que ter rampas e banheiros adaptados. Envolve um processo de reforma e de reestruturação das Escolas como um todo, com o objetivo de assegurar que todos os alunos possam ter acesso às oportunidades educacionais e sociais oferecidas pela Instituição de Ensino. Isso inclui o currículo corrente, a avaliação, os registros dos alunos.
O simples fato de colocar alunos lado a lado, deficientes ou não, não garante, por si só, a manifestação de interações e formas de ajuda positivas, podendo mesmo ocorrer atitudes negativas. É, sem dúvida, enorme a capacidade dos alunos se ajudarem mutuamente. Mas para que esta capacidade se manifeste em toda a sua plenitude é necessário que os professores liderem o processo, encorajem e cooperem com os alunos.
Os professores colocam seu temor, diante do sistema educacional e social inclusivo, de serem cobrados e avaliados como incompetentes ao não conseguir atingir o objetivo de ensinar os alunos com deficiência. A forma como o professor vê o seu aluno acaba muitas vezes por determinar a sua interação com ele, seu desempenho como estudante e de suas possibilidades de aprendizagem. Estas representações são conhecimentos construídos na experiência escolar, mas que não é tão facilmente observável para o professor quanto a absorção dos conteúdos curriculares.
Treinar os docentes para esta nova realidade de inclusão, através de palestras, oficinas ou trocas de experiências entre profissionais é fundamental. Transmitir-lhes informação, conhecimento, desenvolver habilidades e incentivar atitudes; como tratar, falar ou não da deficiência, oferecer ou não ajuda, LIBRAS (linguagem brasileira de sinais), acessibilidade, enfim, o dia-dia e o convívio com as diferenças em sala de aula.
Faz-se urgente enfrentar o desafio da inclusão escolar e de colocar em ação os meios pelos quais ela verdadeiramente se concretiza. Por isso, é necessário promover uma reforma estrutural e organizacional de nossas Escolas comuns e especiais. Criar uma única Escola capaz de oferecer condições de aprender, na convivência com as diferenças, desenvolvendo assim um cidadão pleno.
A inclusão não tem um fim, pois ela representa, em sua essência, mais um processo do que um destino. A inclusão representa, de fato, uma mudança conceitual e nos valores culturais para as Escolas e para a sociedade como um todo. Os pais e os líderes comunitários também podem promover um diálogo com as redes de ensino, fazendo pressão para o cumprimento da lei. O Ministério Público fiscaliza, geralmente com base em denúncias, o Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Especial, atualmente não tem como preocupação punir, mas levar as Escolas a entender o seu papel social na inclusão.
Referências:
SANTOS, Boaventura de Souza. A construção multicultural da igualdade e da diferença. Coimbra: Centro de Estudos Sociais. Oficina do CES nº 135, janeiro de 1999.
UNESCO – MINISTERIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA DA ESPANHA – DECLARAÇÃO DE SALAMANCA E LINHA DE AÇÃO – CORDE – Ministério da Justiça – Brasília, 1997.
Fontes de Pesquisa:

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Décima aula de Fundamentos e Metodologia da Educação Especial dia 06/10/10.

Oi Pessoal tudo bem?
Estive observando e já estamos na décima aula de Fundamentos e Metodologia da Educação Especial, está passando muito rápido!


Para refletirmos um pouco, achei interessante:


"Deficiente"
é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

"Louco"
é quem não procura ser feliz.

"Cego"
é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria.

"Surdo"
é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão.

"Mudo"
é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

"Paralítico"
é quem não consegue andar na direcção daqueles que precisam de sua ajuda.

"Diabético"
é quem não consegue ser doce.

"Anão"
é quem não sabe deixar o amor crescer.
....

Autora: Renata Vilella


Vamos para os registros da aula:


Neste dia assistimos um filme que retratou bem a Síndrome de Down, intitulado

O OITAVO DIA: COM PASCAL DUQUENNE E DANIEL AUTEUIL!




Vamos conhecer um pouco deste filme tão emocionante: 


"Harry é uma pessoa normal. Muito normal, apesar de estar sozinho por não saber se relacionar com as pessoas. Tudo o que ele sabe é trabalhar sete dias por semana. Um dia, depois de esquecer de buscar seus filhos numa estação de trem, começa a dirigir pelas ruas angustiado. Quase atropela Georges, um jovem com Síndrome de Down. Harry quer levá-lo de volta para sua casa, mas não consegue se livrar dele. A amizade cresce. Esses dois homens com nada em comum tornam-se inseparáveis e as coisas nunca mais foram as mesmas para a sorte de Harry".


GEORGES

GEORGES E NATALIE


HARRY E GEORGES A GRANDE HISTÓRIA DE UMA LINDA AMIZADE!


Filme vencedor Melhor Ator Cannes 96. 


Depois de assistir o filme dialogamos sobre o mesmo, deixo registrado algumas informações importantes:
  • Entre crianças não houve preconceito e discriminação, que discrimina e tem preconceitos são os adultos;
  • O que é semelhante atrai e o que é diferente assusta, por isso muitas pessoas ao verem Georges se assustavam e se afastavam;
  • No instituto onde Georges estava,  foi colocado lá depois da morte de sua mãe, sendo só ela que o cuidava, todos recebiam visitas, menos Georges;
  • O maior deficiente que demonstrou no filme foi Harry, pois, tinha uma vida toda condicionada e com uma grande rotina e George quando surgiu em sua vida, desorganizou tudo e depois organizou novamente, com suas atitudes mais simples. Se tornaram grandes amigos e para Harry essa amizade foi uma grande lição. Infelizmente Georges acaba morrendo no final do filme, mas deixou um imenso aprendizado e saudades a quem ele conquistou e o aceitou!


Fontes de pesquisa:


http://ana--luisa.blogspot.com/2008/02/um-poema-para-todos.html

http://www.cpep-fisio.com.br/fotos/filmes/oitavodia.jpg

http://i.ytimg.com/vi/3tBKLW_DDOU/0.jpg

http://i.imagehost.org/0670/snapshot_dvd_01_40_30_2010_04_13_12_18_51.jpg

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Nona aula de Fundamentos e Metodologia da Educação Especial dia 29/09/10.






O Autista (Uma jornada de amor)

As vezes, numa estrela cadente, chego a você 

Mas volto correndo 

Não adianta me chamar. 

Meu mundo gira mais que o seu 

Meu mundo tem mais brilho que o seu 

Por isso não quero sair dele 

Me deixe aqui. 

Eu vim lhe mostrar isso tudo

Mas você não me entende

Você vê seu mundo como o certo

Por isso volto mais cedo para o meu.

Me perdoe, por não conseguir

Fazer você me entender 

Me perdoe, por meu regresso 

Mas tentarei em outras casas 

E em outros lugares, 

Fazer com que me compreendam.

Me perdoe, já que a minha família

não me entende, e eu

Mais uma vez, não consegui te mostrar o meu mundo

Tentarei voltar em outro lugar

Para completar minha jornada de amor.

Sávio Assad

Nesta aula conforme nosso cronograma de atividades, realizamos as apresentações dos trabalhos sobre as Síndromes. 
Nosso grupo foi: Eu (Giane), Luana, Mariane, Renata, Sirlei. Apresentamos sobre o AUTISMO.
   
Foram apresentados cinco trabalhos, o nosso grupo, como já foi mencionado no início dos registros no Blog, apresentou sobre Autismo. Segue o trabalho com todas as informações apresentadas a turma.





AUTISMO



O que é?

Autismo é uma desordem na qual uma criança jovem não pode desenvolver relações sociais normais, se comporta de modo compulsivo e ritualista, e geralmente não desenvolve inteligência normal.
O autismo é uma patologia diferente do retardo mental ou da lesão cerebral, embora algumas crianças com autismo também tenham essas doenças.
Sinais de autismo normalmente aparecem no primeiro ano de vida e sempre antes dos três anos de idade. A desordem é duas a quatro vezes mais comum em meninos do que em meninas.

Causas

A causa do autismo não é conhecida. Estudos de gêmeos idênticos indicam que a desordem pode ser, em parte, genética, porque tende a acontecer em ambos os gêmeos se acontecer em um. Embora a maioria dos casos não tenha nenhuma causa óbvia, alguns podem estar relacionados a uma infecção viral (por exemplo, rubéola congênita ou doença de inclusão citomegálica), fenilcetonúria (uma deficiência herdada de enzima), ou a síndrome do X frágil (uma dosagem cromossômica).

Sintomas e diagnóstico

Uma criança autista prefere estar só, não forma relações pessoais íntimas, não abraça, evita contato de olho, resiste às mudanças, é excessivamente presa a objetos familiares e repete continuamente certos atos e rituais. A criança pode começar a falar depois de outras crianças da mesma idade, pode usar o idioma de um modo estranho, ou pode não conseguir - por não poder ou não querer - falar nada. Quando falamos com a criança, ela frequentemente tem dificuldade em entender o que foi dito. Ela pode repetir as palavras que são ditas a ela (ecolalia) e inverter o uso normal de pronomes, principalmente usando o tu em vez de eu ou mim ao se referir a si própria.
Sintomas de autismo em uma criança levam o médico ao diagnóstico, que é feito através da observação. Embora nenhum teste específico para autismo esteja disponível, o médico pode executar certos testes para procurar outras causas de desordem cerebral.
A maioria das crianças autistas tem desempenho intelectual desigual, assim, testar a inteligência não é uma tarefa simples. Pode ser necessário repetir os testes várias vezes. Crianças autistas normalmente se saem melhor nos itens de desempenho (habilidades motoras e espaciais) do que nos itens verbais durante testes padrão de Q. I. Acredita-se que aproximadamente 70 por cento das crianças com autismo têm algum grau de retardamento mental (Q. I. menor do que 70).
Entre 20 e 40 por cento das crianças autistas, especialmente aquelas com um Q. I. abaixo de 50, começam a ter convulsões antes da adolescência.
Algumas crianças autistas apresentam aumento dos ventrículos cerebrais que podem ser vistos na tomografia cerebral computadorizada. Em adultos com autismo, as imagens da ressonância magnética podem mostrar anormalidades cerebrais adicionais.
Uma variante do autismo, às vezes chamada de desordem desenvolvimental pervasiva de início na infância ou autismo atípico, pode ter início mais tardio, até os 12 anos de idade. Assim como a criança com autismo de início precoce, a criança com autismo atípico não desenvolve relacionamentos sociais normais e freqüentemente apresenta maneirismos bizarros e padrões anormais de fala. Essas crianças também podem ter síndrome de Tourette, doença obsessivo-compulsiva ou hiperatividade.
Assim, pode ser muito difícil para o médico diferenciar entre essas condições.

Prognóstico e tratamento

Os sintomas de autismo geralmente persistem ao longo de toda a vida.
Muitos especialistas acreditam que o prognóstico é fortemente relacionado a quanto idioma utilizável a criança adquiriu até os sete anos de idade. Crianças autistas com inteligência subnormal - por exemplo, aquelas com Q. I. abaixo de 50 em testes padrão - provavelmente irão precisar de cuidado institucional em tempo integral quando adultos.
Crianças autistas na faixa de Q. I. próximo ao normal ou mais alto, frequentemente se beneficiam de psicoterapia e educação especial.
Fonoterapia é iniciada precocemente bem como a terapia ocupacional e a fisioterapia.

A linguagem dos sinais às vezes é utilizada para a comunicação com crianças mudas, embora seus benefícios sejam desconhecidos. Terapia comportamental pode ajudar crianças severamente autistas a se controlarem em casa e na escola. Essa terapia é útil quando uma criança autista testar a paciência de até mesmo os pais mais amorosos e os professores mais dedicados.

Lista de Checagem do Autismo

A lista serve como orientação para o diagnóstico. Como regra os indivíduos com autismo apresentam pelo menos 50% das características relacionadas.


   Os sintomas podem variar de intensidade ou com a idade.


   Dificuldade em juntar-se com outras pessoas,
   Insistência com gestos idênticos, resistência a mudar de rotina,
   Risos e sorrisos inapropriados,
   Não temer os perigos,
   Pouco contato visual,
   Pequena resposta aos métodos normais de ensino,
   Brinquedos muitas vezes interrompidos,
   Aparente insensibilidade à dor,
   Ecolalia (repetição de palavras ou frases),
   Preferência por estar só; conduta reservada,
   Pode não querer abraços de carinho ou pode aconchegar-se carinhosamente,
   Faz girar os objetos,
   Hiper ou hipo atividade física,
   Aparenta angústia sem razão aparente,
   Não responde às ordens verbais; atua como se fosse surdo,
   Apego inapropriado a objetos,
   Habilidades motoras e atividades motoras finas desiguais, e
   Dificuldade em expressar suas necessidades; emprega gestos ou sinais para os objetos em vez de usar palavras.
O que nos pediria um autista?

"Ajuda-me a compreender. Organiza meu mundo e ajuda-me a prever o que vai acontecer. Dá-me ordem, estrutura, e não um caos.

Não fiques angustiado comigo, pois isto também me angustia.

Respeita meu ritmo. Se compreenderes minhas necessidades e meu modo especial de ver a realidade, não terás dificuldade de te relacionares comigo. Não te deprimas; o normal é eu progredir e me desenvolver cada vez mais.

Não fales muito, nem depressa demais. Para ti as palavras voam como plumas, não pesam para ti, mas para mim podem ser uma carga muito pesada. Muitas vezes não é esta a melhor maneira de te relacionares comigo.

Como todas as demais crianças, e como os adultos, sinto necessidade de partilhar o prazer e gosto de fazer bem as coisas, embora nem sempre o consiga.

Para mim é difícil compreender o sentido de muitas coisas que me pedem para fazer. Ajuda-me a compreender. Procura pedir-me coisas que tenham sentido completo e decifrável para mim. Não deixes que eu me embruteça e fique inativo.

Não te envolvas demais comigo. Às vezes as pessoas são muito imprevisíveis, barulhentas demais e excessivamente animadoras. Respeita a distância de que preciso, mas sem me deixares sozinho.

Meu desenvolvimento não é irracional embora não seja fácil de entender.

Tem sua própria lógica, e muitas das condutas que chamas de “alteradas” são formas de enfrentar o mundo com minha forma especial de ser e perceber. Faze um esforço para me compreenderes.

Aceita-me como sou. Não condicione a tua aceitação a que eu deixe de ser autista. Sê otimista sem te tornares “romântico”. Minha situação em geral tende a melhorar, embora por enquanto não tenha cura.

Vale a pena viver comigo. Posso te proporcionar tanta satisfação como as demais pessoas. Pode acontecer um momento em tua vida em que eu, “autista” seja a tua maior e melhor companhia."

Angel Riviere Gómez

Assesssor Técnico de APNA - Madri - Espanha 

Os demais grupos apresentaram sobre:
  • Síndrome de Williams; 
  • Síndrome de Down; 
  • Síndrome do X Frágil; 
  • Síndrome de Prader - Willi.
Gostei bastante dessa aula, as apresentações sobre as Síndromes acrescentaram muitas informações importantes que eu não conhecia, e outra colocação é que algumas das Síndromes apresentadas para mim eram desconhecidas, foi um importante conhecimento.

Referência :


FILHO, Ércio Amaro de Oliveira. Autismo. Disponível em: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?44. Data da publicação 01/11/2001. Revisão: 05/01/2010. Acesso em 08 de setembro de 2010.


Fontes de pesquisas: