quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Nona aula de Fundamentos e Metodologia da Educação Especial dia 29/09/10.






O Autista (Uma jornada de amor)

As vezes, numa estrela cadente, chego a você 

Mas volto correndo 

Não adianta me chamar. 

Meu mundo gira mais que o seu 

Meu mundo tem mais brilho que o seu 

Por isso não quero sair dele 

Me deixe aqui. 

Eu vim lhe mostrar isso tudo

Mas você não me entende

Você vê seu mundo como o certo

Por isso volto mais cedo para o meu.

Me perdoe, por não conseguir

Fazer você me entender 

Me perdoe, por meu regresso 

Mas tentarei em outras casas 

E em outros lugares, 

Fazer com que me compreendam.

Me perdoe, já que a minha família

não me entende, e eu

Mais uma vez, não consegui te mostrar o meu mundo

Tentarei voltar em outro lugar

Para completar minha jornada de amor.

Sávio Assad

Nesta aula conforme nosso cronograma de atividades, realizamos as apresentações dos trabalhos sobre as Síndromes. 
Nosso grupo foi: Eu (Giane), Luana, Mariane, Renata, Sirlei. Apresentamos sobre o AUTISMO.
   
Foram apresentados cinco trabalhos, o nosso grupo, como já foi mencionado no início dos registros no Blog, apresentou sobre Autismo. Segue o trabalho com todas as informações apresentadas a turma.





AUTISMO



O que é?

Autismo é uma desordem na qual uma criança jovem não pode desenvolver relações sociais normais, se comporta de modo compulsivo e ritualista, e geralmente não desenvolve inteligência normal.
O autismo é uma patologia diferente do retardo mental ou da lesão cerebral, embora algumas crianças com autismo também tenham essas doenças.
Sinais de autismo normalmente aparecem no primeiro ano de vida e sempre antes dos três anos de idade. A desordem é duas a quatro vezes mais comum em meninos do que em meninas.

Causas

A causa do autismo não é conhecida. Estudos de gêmeos idênticos indicam que a desordem pode ser, em parte, genética, porque tende a acontecer em ambos os gêmeos se acontecer em um. Embora a maioria dos casos não tenha nenhuma causa óbvia, alguns podem estar relacionados a uma infecção viral (por exemplo, rubéola congênita ou doença de inclusão citomegálica), fenilcetonúria (uma deficiência herdada de enzima), ou a síndrome do X frágil (uma dosagem cromossômica).

Sintomas e diagnóstico

Uma criança autista prefere estar só, não forma relações pessoais íntimas, não abraça, evita contato de olho, resiste às mudanças, é excessivamente presa a objetos familiares e repete continuamente certos atos e rituais. A criança pode começar a falar depois de outras crianças da mesma idade, pode usar o idioma de um modo estranho, ou pode não conseguir - por não poder ou não querer - falar nada. Quando falamos com a criança, ela frequentemente tem dificuldade em entender o que foi dito. Ela pode repetir as palavras que são ditas a ela (ecolalia) e inverter o uso normal de pronomes, principalmente usando o tu em vez de eu ou mim ao se referir a si própria.
Sintomas de autismo em uma criança levam o médico ao diagnóstico, que é feito através da observação. Embora nenhum teste específico para autismo esteja disponível, o médico pode executar certos testes para procurar outras causas de desordem cerebral.
A maioria das crianças autistas tem desempenho intelectual desigual, assim, testar a inteligência não é uma tarefa simples. Pode ser necessário repetir os testes várias vezes. Crianças autistas normalmente se saem melhor nos itens de desempenho (habilidades motoras e espaciais) do que nos itens verbais durante testes padrão de Q. I. Acredita-se que aproximadamente 70 por cento das crianças com autismo têm algum grau de retardamento mental (Q. I. menor do que 70).
Entre 20 e 40 por cento das crianças autistas, especialmente aquelas com um Q. I. abaixo de 50, começam a ter convulsões antes da adolescência.
Algumas crianças autistas apresentam aumento dos ventrículos cerebrais que podem ser vistos na tomografia cerebral computadorizada. Em adultos com autismo, as imagens da ressonância magnética podem mostrar anormalidades cerebrais adicionais.
Uma variante do autismo, às vezes chamada de desordem desenvolvimental pervasiva de início na infância ou autismo atípico, pode ter início mais tardio, até os 12 anos de idade. Assim como a criança com autismo de início precoce, a criança com autismo atípico não desenvolve relacionamentos sociais normais e freqüentemente apresenta maneirismos bizarros e padrões anormais de fala. Essas crianças também podem ter síndrome de Tourette, doença obsessivo-compulsiva ou hiperatividade.
Assim, pode ser muito difícil para o médico diferenciar entre essas condições.

Prognóstico e tratamento

Os sintomas de autismo geralmente persistem ao longo de toda a vida.
Muitos especialistas acreditam que o prognóstico é fortemente relacionado a quanto idioma utilizável a criança adquiriu até os sete anos de idade. Crianças autistas com inteligência subnormal - por exemplo, aquelas com Q. I. abaixo de 50 em testes padrão - provavelmente irão precisar de cuidado institucional em tempo integral quando adultos.
Crianças autistas na faixa de Q. I. próximo ao normal ou mais alto, frequentemente se beneficiam de psicoterapia e educação especial.
Fonoterapia é iniciada precocemente bem como a terapia ocupacional e a fisioterapia.

A linguagem dos sinais às vezes é utilizada para a comunicação com crianças mudas, embora seus benefícios sejam desconhecidos. Terapia comportamental pode ajudar crianças severamente autistas a se controlarem em casa e na escola. Essa terapia é útil quando uma criança autista testar a paciência de até mesmo os pais mais amorosos e os professores mais dedicados.

Lista de Checagem do Autismo

A lista serve como orientação para o diagnóstico. Como regra os indivíduos com autismo apresentam pelo menos 50% das características relacionadas.


   Os sintomas podem variar de intensidade ou com a idade.


   Dificuldade em juntar-se com outras pessoas,
   Insistência com gestos idênticos, resistência a mudar de rotina,
   Risos e sorrisos inapropriados,
   Não temer os perigos,
   Pouco contato visual,
   Pequena resposta aos métodos normais de ensino,
   Brinquedos muitas vezes interrompidos,
   Aparente insensibilidade à dor,
   Ecolalia (repetição de palavras ou frases),
   Preferência por estar só; conduta reservada,
   Pode não querer abraços de carinho ou pode aconchegar-se carinhosamente,
   Faz girar os objetos,
   Hiper ou hipo atividade física,
   Aparenta angústia sem razão aparente,
   Não responde às ordens verbais; atua como se fosse surdo,
   Apego inapropriado a objetos,
   Habilidades motoras e atividades motoras finas desiguais, e
   Dificuldade em expressar suas necessidades; emprega gestos ou sinais para os objetos em vez de usar palavras.
O que nos pediria um autista?

"Ajuda-me a compreender. Organiza meu mundo e ajuda-me a prever o que vai acontecer. Dá-me ordem, estrutura, e não um caos.

Não fiques angustiado comigo, pois isto também me angustia.

Respeita meu ritmo. Se compreenderes minhas necessidades e meu modo especial de ver a realidade, não terás dificuldade de te relacionares comigo. Não te deprimas; o normal é eu progredir e me desenvolver cada vez mais.

Não fales muito, nem depressa demais. Para ti as palavras voam como plumas, não pesam para ti, mas para mim podem ser uma carga muito pesada. Muitas vezes não é esta a melhor maneira de te relacionares comigo.

Como todas as demais crianças, e como os adultos, sinto necessidade de partilhar o prazer e gosto de fazer bem as coisas, embora nem sempre o consiga.

Para mim é difícil compreender o sentido de muitas coisas que me pedem para fazer. Ajuda-me a compreender. Procura pedir-me coisas que tenham sentido completo e decifrável para mim. Não deixes que eu me embruteça e fique inativo.

Não te envolvas demais comigo. Às vezes as pessoas são muito imprevisíveis, barulhentas demais e excessivamente animadoras. Respeita a distância de que preciso, mas sem me deixares sozinho.

Meu desenvolvimento não é irracional embora não seja fácil de entender.

Tem sua própria lógica, e muitas das condutas que chamas de “alteradas” são formas de enfrentar o mundo com minha forma especial de ser e perceber. Faze um esforço para me compreenderes.

Aceita-me como sou. Não condicione a tua aceitação a que eu deixe de ser autista. Sê otimista sem te tornares “romântico”. Minha situação em geral tende a melhorar, embora por enquanto não tenha cura.

Vale a pena viver comigo. Posso te proporcionar tanta satisfação como as demais pessoas. Pode acontecer um momento em tua vida em que eu, “autista” seja a tua maior e melhor companhia."

Angel Riviere Gómez

Assesssor Técnico de APNA - Madri - Espanha 

Os demais grupos apresentaram sobre:
  • Síndrome de Williams; 
  • Síndrome de Down; 
  • Síndrome do X Frágil; 
  • Síndrome de Prader - Willi.
Gostei bastante dessa aula, as apresentações sobre as Síndromes acrescentaram muitas informações importantes que eu não conhecia, e outra colocação é que algumas das Síndromes apresentadas para mim eram desconhecidas, foi um importante conhecimento.

Referência :


FILHO, Ércio Amaro de Oliveira. Autismo. Disponível em: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?44. Data da publicação 01/11/2001. Revisão: 05/01/2010. Acesso em 08 de setembro de 2010.


Fontes de pesquisas:



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